domingo, fevereiro 02, 2014

quinta-feira, setembro 20, 2012

Ensaio


Não tenho nada a dizer. Nada a dizer de substancial.  Tanta gente dizendo tanta coisa todo o tempo, gritando, às vezes, tanta coisa. Um mundarel de informações e eu tendo de contar com os filtros, adquiridos nas feiras livres onde essa tanta gente grita tanta coisa, para manter alguma lucidez.
Não raro, um buraco enorme se instala em minha cabeça. E eu realmente não consigo pensar nada para dizer. Nada para dizer de substancial. Nada que eu quisesse vender nas feiras livres onde tantas pessoas gritam tantas coisas e vendem tantos filtros. Os meus filtros, tem selecionado o que entra, contudo, selecionam demasiado o que sai ou poderia/deveria sair, se eles, os meus filtros, não exagerassem na filtragem. Me pergunto: são meus os meus filtros? Se considerarmos que no meio de tantos gritos, de tanta informação do meio da feira eu os escolhi, sim. São meus os meus filtros. Tão meus que me permitem questionar  se eu, de fato,  os escolhi.
Contudo, estou eu, aqui, a gritar baixinho: Não tenho nada a dizer. Nada a dizer de substancial. Talvez na esperança de que essa informação, assim como foi selecionada pelos meus filtros para sair seja selecionada pelos filtros alheios para entrar. Os filtros alheios também são adquiridos naquelas mesmas feiras livres ou em outras de qualquer outro lugar. Elas, as feiras livres às quais me refiro, guardam em si similaridades impressionantes.
Assim sedo, continuo dizendo , confessando que mesmo sem nada a dizer eu quero fazê-lo.
Volto-me então para o buraco enorme. Estou mais ou menos certo de que ele contém alguma coisa, qualquer coisa que seja substancial. Nunca disse que o buraco na minha cabeça estava vazio. Se há relação entre tamanho e conteúdo deve haver alguma coisa. Certamente cabe alguma coisa. Cabe muita coisa e deve haver muita coisa já que tanta coisa é gritada nas feiras livres e selecionada pelos meus filtros. Os próprios filtros devem estar por lá...
 As faxinas eventuais engavetam, organizam ou tentam organizar, classificam tudo, mas não descartam. Então, tem de haver alguma coisa, ainda que não seja substancial.
Como disse anteriormente, quero fazer, digo, dizer. Já até duvido do nada já citado. Pelo visto quero tanto, que já nem me importo se há algo de substancial. Volto-me então mais atentamente ao buraco, enquanto desço, mais fundo, observando as paredes. Elas, as paredes, são às vezes visíveis. O que haverá atrás delas? Pausa. Longa pausa.
Se ao menos eu enxergasse o que há dentro do buraco. Antes de ver as paredes, às vezes, e elucubrar  a respeito do que há/haveria/haverá atrás delas.

quarta-feira, agosto 15, 2012

questão de honra

( x )Discordar

(    )Duvidar




sexta-feira, maio 11, 2012

terça-feira, março 13, 2012

quinta-feira, fevereiro 16, 2012